Origem do material de propagação:

O material de propagação, estaca do porta-enxerto e gema da produtora (copa), são oriundas de matrizeiro próprio e de viveiristas certificados, de plantas matrizes com garantias de sanidade.

Coleta e conservação do material de propagação:

A coleta das estacas do porta-enxerto e das gemas da produtora (copa) é realizada feita quando a planta está em dormência, e com os ramos totalmente amadurecidos.

O material é armazenado em câmara fria com temperatura entre 2ºC e 4ºC e umidade do ar acima de 95% para uma conservação adequada até o momento da enxertia, minimizando ao máximo as perdas de água e de substâncias de reserva.

Preparo do material e enxertia:

• O porta-enxerto é cortado em estacas de 28 cm a 30 cm, sendo o corte na base feito logo abaixo do nó e, também, são eliminadas todas as gemas da estaca.
• Os enxertos são cortados com uma gema, deixando-se pouco mais de 5 cm do entrenó abaixo da gema.
• A enxertia, é feita usando a máquina com corte do tipo “ômega”.

Proteção do enxerto com cera (parafinagem):

Conforme a enxertia vai sendo executada, os enxertos são mergulhados em cera quente (70ºC a 80ºC), cobrindo até abaixo do corte de união do enxerto, para evitar o ressecamento e a penetração de agentes patogênicos, especialmente de fungos e de bactérias.

Forçagem dos enxertos:

Terminada a parafinagem, os enxertos são colocados em caixas para serem submetidos à forçagem em sala com aquecimento, o que promove a soldadura dos enxertos ou a formação do calo de enxertia.

Aclimatação:

Após o processo de forçagem as estacas passam por um período de aclimatação em estufas afim de evitar a exposição direta ao clima.

Plantio dos enxertos no viveiro:

Arranquio:

Preparo da muda para comercialização:

Irrigação:

Terminado o plantio dos enxertos, se a região é sujeita à estiagem e a umidade do ar baixa, utiliza-se irrigação por aspersão nos primeiros dias, e gotejamento ao longo do ciclo.

Tratamentos fitossanitários:

É realizado observações diárias ao viveiro, quando as condições climáticas são favoráveis a doenças e pragas da cultura, é realizado tratamentos fitossanitários preventivos, afim de evitar a incidência.

Desponte das mudas:

Essa prática provoca o engrossamento dos ramos e evita o acamamento, melhorando a ventilação entre as mudas, além disso facilita e melhora a eficácia dos tratamentos fitossanitários.

Arranquio:

As mudas permanecerão no viveiro até o total amadurecimento dos ramos (lignificação), quando, então, estarão aptas para serem arrancadas.

Seleção da muda:

As mudas, após arrancadas, são selecionadas e o sistema radicular lavado. São aproveitadas as mudas que apresentam:

• Soldadura uniforme em toda circunferência do enxerto;
• Ramo principal bem desenvolvido;
• E principalmente, com sistema radicular bem formado.

Preparo da muda para comercialização:

As raízes são lavadas podendo ser podadas a mais ou menos 10 cm de comprimento ou deixadas intactas, e o ramo principal podado para ficar apenas duas gemas.

• Caso esteja renovando o vinhedo, erradicar todas as plantas de cultivo anterior (raízes e parte aérea);
• Sugere-se fazer subsolagem para favorecer crescimento radicular no solo;
• Realizar análise de solo, para correção de calagem e adubação;
• Realizar calagem da área;
• Caso for aplicar herbicida sistêmico, aplicar 30 dias antes do plantio;
• Caso for aplicar herbicida de contato, aplicar 5 dias antes do plantio.